Fala galera,
A pauta de hoje é o meio ambiente e a forma como o nosso esporte pode ser praticado de forma autossustentável, sem que o ecossistema pereça por conta do nosso hobby.
Acredito que vocês já sabem, mas há alguns anos um relatório perturbador sobre a situação dos nossos oceanos e estoque pesqueiro foi divulgado ao mundo, causando espanto, indignação e preocupação. A mensagem que ele trouxe foi a seguinte: se as coisas continuarem como estão, não haverá praticamente mais nada para pescar nos oceanos até o ano de 2048. E detalhe: já estamos em 2014...
Se você não sabia desta notícia e quer saber mais sobre ela, basta digitar no Google “fim dos peixes 2048” e verá que inúmeros resultados e sites serão encontrados, pois divulgação desse estudo é o que não falta. O que falta mesmo é o interesse das autoridades e da população em geral em fazer algo a respeito, em ajudar para que isso não ocorra.
Mas você deve estar pensando: “tá, o que é que eu posso fazer?” Bom, se você é um(a) pescador(a) igual eu, que tem amor ao esporte e o pratica não só porque lhe faz bem, mas também porque gosta do contato com o meio ambiente, a resposta é muito simples: não abata peixe fora da medida.
Além de crime ambiental, essa prática impede que os peixes pequenos tenham a chance de se reproduzir e que a natureza faça a parte dela. Entenda: o meio ambiente só está desregulado assim por conta do homem, que é ganancioso e tem a falsa sensação de superioridade em relação aos demais seres vivos. O “engraçado” é que justamente por sermos “tão evoluídos” é que nossa atitude deveria ser exemplar...
Pode parecer inócuo para você soltar um peixe fora de medida e logo em seguida ver um barco de arrasto “matando tudo que vê pela frente”, mas a verdade é que se todos pensarem assim aí sim o meio ambiente não tem chance. Se todos “largarmos os bets” não há milagre que façam nossos oceanos voltarem ao normal.
Veja pelo seguinte prisma: só porque o colega pescador do lado está matando peixes fora de medida você também deve fazê-lo? Ora, certamente que não. Você pode até pensar: “mas eu estou aqui fazendo o certo e o cara ali do lado tá matando um monte de peixinho fora de medida e nada acontece com ele. Isso não é justo.” Bom. Eu concordo com você que não é justo. Mas como dizia o ditado: um erro não justifica o outro, não é mesmo?Além disso, fazer o certo porque é o certo é uma virtude que só os bons possuem. É assim que as coisas funcionam. É preciso fazer a coisa certa simplesmente porque é a coisa certa a fazer. Não há uma recompensa nos esperando, nem um tapinha nas costas de “parabéns” ou um selo de qualidade “eu respeito o meio ambiente”. Não há nada disso. O que há no fim desse caminho virtuoso é uma consciência tranquila. Uma paz de espírito que só se alcança quando o ato vem do coração, quando é genuíno. Uma vez nesse caminho você não volta mais e o meio ambiente agradece.
Logo, é com esse pensamento e vontade que nós promovemos nosso querido Clube e fazemos o nosso Torneio Interno. Temos como objetivo não só respeitar as Leis vigentes, mas também promover o respeito ao meio ambiente e possibilitar que as futuras gerações de pescadores possam sentir a mesma satisfação que nós sentimos quando pescamos, seja no lazer ou em competição.
Um grande abraço.
Meus parabéns ao Paste. Ótimo texto!
ResponderExcluirVamos que Vamos !