Quem dorme antes de uma prova desse nível? Em meio a madrugada, aquela olhada no relógio para não perder a hora. São 3:30. Passou uma eternidade. Olho novamente. 3:45. E assim foi até as 5:30 quando não aguentei mais ficar deitado. O céu ainda totalmente escuro anunciava algumas nuvens mas nada que preocupasse. Com certeza o sol apareceria forte.
Logo meu parceiro aparece. "6:30 já", reclama ele, quando na verdade era 5:30; ele não lembrou do fim do horário de verão. Ficamos ali fora em silêncio. Eu pensando no que ia fazer e como ia fazer; ele, talvez, xingando-se por não ter ajustado o relógio...
Logo vai aparecendo um, logo outro, cruzo com um companheiro do Joinville que me alerta para ter cuidado com o reponto da maré. Conversas breves e nitidamente ansiosas. Material carregado no carro, tudo ajeitado, partimos pra raia. Antes, um boa sorte aos companheiros. Lá vamos nós.
Raia 73
No sorteio da noite anterior um balde de água fria o que aumentou o desafio. Diziam os mais experientes que as raias mais produtivas estavam antes da 20. Com a sorte que tenho, caímos na 73... Os outros companheiros estavam na 13, 17, 38 e 45. Parecia que nossa sorte estava (mau) lançada.
Chegamos quase que por primeiro às raias. Viamos uma ou outra dupla já se aprontando. Corremos aprontar 6 caniços para não passar aperto. Combinamos: você vai meia água e eu vou mais fora. Quando percebi, não conseguia mais ver o final das raias. 96 duplas. Gente que não acabava mais! A praia estava linda, cheia de atletas e cores.
8:00 estoura o foguete. Linha na água e adrenalina correndo pelas veias. Relógio no pulso. Apitou. 3 minutos. Dublê. Show, show! Hunger, a meia água, pampo. Maravilha, penso eu. Segundo arremesso. Dublê. Tentava repetir exatamente a mesma coisa de antes. Terceiro e quarto arremessos, dublês. Nunca havia saido assim numa prova. Na primeira hora devíamos estar com umas 20 peças. Mas logo as coisas saíram um pouco do controle...
Estouros
Nada mais nada menos que 9 arranques estourados. Tudo ia super bem até esse momento. Tempo perdido, linha fora d´água, mudança de bobina, perda de confiança. Produtividade decresceu. Uma hora perdida, que fez falta à beça.
Material estabilizado, vamos a luta e a recuperação do tempo perdido. A meia água o peixe sumiu, longe ainda continua pegando. Chamo meu parceiro pra pescar comigo. Voltamos a pegar.
Como meu parceiro havia apostado com um integrante da equipe quem ia pegar mais, ele guardou seus peixes separados, afinal de contas era um carro que estava em jogo, né?
E assim foi até o final. Cada peixe comemorado como se fosse o primeiro. Sabia que precisava de mais mas as forças estavam acabando. Faltando 30 minutos para o final da prova o balde estava bem cheio, mas precisávamos de mais ainda.
Último arremesso
O fim da prova estava chegando e a dúvida ia apenas aumentando. Fomos bem? Foi o suficiente? Como está nosso time? Tinhamos certeza de ir bem no nosso perímetro, pois éramos os únicos a tirar peixe constantemente. Faltava 4 minutos quando do último arremesso. Deixamos até o foguete estourar. Logo, ouve-se o barulho. Vamos recolher.
Para nossa surpresa/sorte/chave de ouro, 2 dublês. No meu caso mais uma cocoroca e um bagre que veio a pesar 225 gramas. O Hunger pegou duas cocorocas, mas, por infelicidade, uma cai e foge rapidamente. Comento com ele: "vai fazer uma falta!!"
Contamos os peixes e fechamos o saco. 44 peças, 3030 gramas e aquela sensação de que tinhamos pegado mais peixes...
Material recolhido, retorno a pousada. Encontro todo o pessoal feliz e contente na piscina, relaxando depois de uma prova super dura. O único papo que eu ouvia era um carro que deveria ser passado para outro dono...
Resultados
A dupla campeã foi Pedro e Rubens do Peixe Elétrico, com 84 peças e 4,915 Kg de peso. Clube campeão por equipes deu Joinville CP, grande clube de grandes parceiros.
Nós ficamos em 11º, faltando aquele peixe que fugiu do anzol do Hunger para entrarmos entre os 10 melhores. Um resultado espetacular mas com uma sensação clara de "dava para ter chegado". Enfim, tudo serve de aprendizado.
Por fim, agradeço imensamente ao Civa Esporte Clube pelos belos momentos que vivemos em decorrência da prova, ao meu parceiro e sogro Hunger e aos companheiros de pesca do Clube Vêneto. Em breve tem mais.
Logo meu parceiro aparece. "6:30 já", reclama ele, quando na verdade era 5:30; ele não lembrou do fim do horário de verão. Ficamos ali fora em silêncio. Eu pensando no que ia fazer e como ia fazer; ele, talvez, xingando-se por não ter ajustado o relógio...
Logo vai aparecendo um, logo outro, cruzo com um companheiro do Joinville que me alerta para ter cuidado com o reponto da maré. Conversas breves e nitidamente ansiosas. Material carregado no carro, tudo ajeitado, partimos pra raia. Antes, um boa sorte aos companheiros. Lá vamos nós.
Raia 73
No sorteio da noite anterior um balde de água fria o que aumentou o desafio. Diziam os mais experientes que as raias mais produtivas estavam antes da 20. Com a sorte que tenho, caímos na 73... Os outros companheiros estavam na 13, 17, 38 e 45. Parecia que nossa sorte estava (mau) lançada.
Chegamos quase que por primeiro às raias. Viamos uma ou outra dupla já se aprontando. Corremos aprontar 6 caniços para não passar aperto. Combinamos: você vai meia água e eu vou mais fora. Quando percebi, não conseguia mais ver o final das raias. 96 duplas. Gente que não acabava mais! A praia estava linda, cheia de atletas e cores.
8:00 estoura o foguete. Linha na água e adrenalina correndo pelas veias. Relógio no pulso. Apitou. 3 minutos. Dublê. Show, show! Hunger, a meia água, pampo. Maravilha, penso eu. Segundo arremesso. Dublê. Tentava repetir exatamente a mesma coisa de antes. Terceiro e quarto arremessos, dublês. Nunca havia saido assim numa prova. Na primeira hora devíamos estar com umas 20 peças. Mas logo as coisas saíram um pouco do controle...
Estouros
Nada mais nada menos que 9 arranques estourados. Tudo ia super bem até esse momento. Tempo perdido, linha fora d´água, mudança de bobina, perda de confiança. Produtividade decresceu. Uma hora perdida, que fez falta à beça.
Refazendo material e preparando novas iscas |
A sujeira se fez presente durante toda prova... |
E assim foi até o final. Cada peixe comemorado como se fosse o primeiro. Sabia que precisava de mais mas as forças estavam acabando. Faltando 30 minutos para o final da prova o balde estava bem cheio, mas precisávamos de mais ainda.
Muitas cocorocas |
Último arremesso
O fim da prova estava chegando e a dúvida ia apenas aumentando. Fomos bem? Foi o suficiente? Como está nosso time? Tinhamos certeza de ir bem no nosso perímetro, pois éramos os únicos a tirar peixe constantemente. Faltava 4 minutos quando do último arremesso. Deixamos até o foguete estourar. Logo, ouve-se o barulho. Vamos recolher.
Para nossa surpresa/sorte/chave de ouro, 2 dublês. No meu caso mais uma cocoroca e um bagre que veio a pesar 225 gramas. O Hunger pegou duas cocorocas, mas, por infelicidade, uma cai e foge rapidamente. Comento com ele: "vai fazer uma falta!!"
Bagre aos 47 do segundo tempo |
Material recolhido, retorno a pousada. Encontro todo o pessoal feliz e contente na piscina, relaxando depois de uma prova super dura. O único papo que eu ouvia era um carro que deveria ser passado para outro dono...
Resultados
A dupla campeã foi Pedro e Rubens do Peixe Elétrico, com 84 peças e 4,915 Kg de peso. Clube campeão por equipes deu Joinville CP, grande clube de grandes parceiros.
Nós ficamos em 11º, faltando aquele peixe que fugiu do anzol do Hunger para entrarmos entre os 10 melhores. Um resultado espetacular mas com uma sensação clara de "dava para ter chegado". Enfim, tudo serve de aprendizado.
Por fim, agradeço imensamente ao Civa Esporte Clube pelos belos momentos que vivemos em decorrência da prova, ao meu parceiro e sogro Hunger e aos companheiros de pesca do Clube Vêneto. Em breve tem mais.
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