domingo, 13 de março de 2011

Carnaval - Parte 1

Carnaval é sinônimo de praia, trio elétrico, agito, bagunça? Não pra mim que resolvi passar este feriadão em Guaraqueçaba, litoral do PR, junto com minha esposa, sogro, sogra e cunhadinha. O barulho mais alto que ouvimos nestes dias não deveriam chegar a 30 decibéis...

Mapa do litoral do Paraná
Há dois meios de transporte para se chegar a Guaraqueçaba: por barco, saindo de Paranaguá e região ou por estrada de chão, num total de 77 km. Optamos por ir de carro. Que dificuldade. A estrada é péssima, formada por cascalho, pedras e buracos. Ainda bem que não haviam atoleiros senão estaríamos encrencados...

Uma parte ainda boa da estrada...
Mas tirando os solavancos, raspadas em baixo do carro, porradas em buracos, a estrada contempla paisagens muito agradáveis, como quando cruzamos alguns grandes rios, que acabam por desembocar na baía de Guaraqueçaba/Paranaguá. Devem ser ótimos lugares para se pescar.

Rio Tagaçaba

Chegamos na cidade já era noite, mas mesmo assim tivemos uma boa impressão sobre o lugar. A calmaria realmente se fazia muito presente. Apenas sons dos bichos eram ouvidos. Paz, muita paz!

Rapidamente finalizei nossos planos para pescar cedinho. Horário marcado, preço ajustado era só esperar a noite passar para embarcamos numa legítima voadeira e tentar pescar os grandes.

6:00 da manhã já estou em pé. Olho pela sacada da pousada e dou de cara com uma paisagem absolutamente fantástica.

Vista da sacada no nascer do dia

Imediatamente percebo uma nuvem gradiosa ao fundo, o que me faz ter certeza que iria chover. Nesse momento conheço uma das facetas mais malucas de Guaraqueçaba: a rapidez com que fecha o tempo, chove e volta a fazer sol.


Em questão de 20 minutos houve todas as mudanças das duas fotos acima mais a de baixo. Realmente impressionante.


Café da manhã tomado, tralhas no carro, vamos até o flutuador de embarque dos barcos.

Hunger, piloteiro e vendedor de camarão vivo
Camarão pronto para mudar de viveiro...
Vista do centro de Guaraqueçaba
Vida dura!
Até o pesqueiro inicial são cerca de 30 minutos, mas como a maré estava muito baixa, tivemos que ir bem devagar passando por vários baixios e atoleiros no meio das "vielas" que cortam os mangues. De qualquer maneira, um passeio extremamente agradável, com muita vida por todo caminho.





Enfim chegamos ao espinheiro, um famoso pesqueiro cercado por várias pedras. Pode-se ver que a maré está muito baixa, o que dificultou muito nossa pescaria. Mesmo assim os peixes deram as caras.
Badejinho

Roncador
Linguado com cerca de 1 kg
Nesse momento, percebemos uma nuvem grande e escura vindo em nossa direção. Nosso piloteiro sugere uma mudança de pesqueiro para tentar escapar da chuva. Fomos para o Rio Poruquara, com um jeitão muito pesqueiro. Infelizmente, mau ancoramos a chuva desabou. Muita chuva que não deu nem pra pegar a máquina tirar fotos. Já eram 14:30 e então resolvemos voltar à pousada para almoçar. Se o tempo melhorasse, iríamos pescar a tarde. Mas não melhorou. Nos restou uma brincadeira noturna.

O segundo fator que me deixou bastante impressionado foi a variação da maré em Guaraqueçaba. Onde embarcamos pela manhã estava agora assim:

Deck do embarque da manhã totalmente seco...

O deck da frente da pousada estava pura lama. A água recuou uns 20 metros pra dentro da baía. No final do mesmo dentro da baía era só mangue. Não dava nem pra sair com barcos...

Hunger dando dicas à Mirella


A noite - como não poderia deixar de ser - muitos bagres. Até que de repente o mundo desaba. É aquela chuva forte que aparece de um momento para o outro. Entramos no carro e voltamos para a pousada. Era hora de dormir e esperar o dia clarear para passear no superagui, além de pescar mais um pouco.

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